sexta-feira, agosto 29, 2008

Manipular, manipular sempre!


Sinal de "trânsito" que devia passar a figurar nas capas de alguns jornais, revistas e no início de muitos programas de televisão.

É hoje evidente para quem quiser ver, que um grande número de pessoas que se fazem de jornalistas, estão infiltradas nas revistas, jornais, rádios e televisões, com o único objectivo de merecer o que os patrões lhes pagam para defender as posições desses mesmos patrões.
Como os interesses dessa gente raramente coincidem com os reais interesses da sociedade, os seus criados “jornalistas” são obrigados a mascarar de notícias e posições independentes e pluralistas, toda a sorte de mentiras, calúnias, manipulações da verdade, etc, etc, enfim, tudo o que sirva para denegrir ou mesmo eliminar os adversários económicos ou políticos dos seus donos.
Claro que ainda existem jornalistas que resistem e, evidentemente, blogues, que aproveitando a ausência de censura neste novo meio (por enquanto), dizem o que há que dizer sobre este lamaçal da manipulação, casos de um ou outro blogue (e mais... e mais e tantos mais...) de pessoas que me orgulho de ter como “amigos de infância”.
Como é que estes “jornalistas” atingem o estado de perfeição que lhes permite estabelecer como verdades que Chávez é um ditador, as FARC acamparam na Festa do Avante para sempre, os monges budistas do Dalai Lama querem implantar o paraíso no Tibete, Álvaro Uribe é um democrata, etc, etc, etc? Pois... praticando muito! Para mentirem com perfeição sobre assuntos importantes, como as maravilhas de uma qualquer nova privatização, flexi-qualquer-coisa, ou o que fôr, treinam, treinam muitíssimo e diariamente... com banalidades.
Exemplo de “treino de manipulação com assunto banal” de hoje.
No jornal aqui do café da esquina, que já nem digo qual é, senão ainda pensam que tenho alguma coisa contra o Correio da Manhã, leio pelo canto do olho, uma rubrica que já dura há algumas semanas e em que pessoas conhecidas falam do seu “modelo” de férias ideais. Desta vez era o psicólogo Júlio Machado Vaz, cujo ideal de férias, segundo as letras garrafais do título, seria:
“A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar!”
Qualquer pessoa que o não conheça ou tenha alguma aversão a pessoas que estão constantemente a falar de sexo, pensa “Este gajo é um verdadeiro alarve!”

Se no entanto se der ao trabalho de ler as respostas que ele realmente deu, descobre que a tal quinta é a sua casa e não um qualquer Turismo Rural com restaurante “enfarta brutos” e o que disse afinal, foi “A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar de amigos e família!”
Viram? É apenas um treino. Mesmo numa entrevista é possível fazer isto... escreve-se a alarvidade no título e, como costumo dizer, o mal está feito. Quase ninguém vai ler o resto...
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/

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