segunda-feira, setembro 29, 2008

Não-aquecimento global


Fig. 126 - Não-aquecimento global. Agosto de 2008 Fonte UAH

Embora não seja rigoroso, o tipo de figuras estilizadas com cores representativas de anomalias das temperaturas do planeta, como no caso da Fig. 126, consegue dar um panorama geral com múltiplas informações.

Estamos perante a consequência da circulação geral da atmosfera não só no Hemisfério Norte mas também no Hemisfério Sul. Esta consequência global foi devida à situação, simultânea, do Árctico e do Antárctico.

Na Fig. 126 estão espalhadas cores das anomalias das temperaturas do mês de Agosto de 2008 relativamente à média do período 1998-2006. Detecta-se desde logo um aparente não-aquecimento global, relativamente a este período.

De salientar que não se encontram, em todo o planeta, manchas das cores vermelhas de qualquer tonalidade (acima de + 6 ºC). Predominam a cor branca (anomalia nula) e a azul. Esta vai desde a tonalidade clara (-1 ºC) até à meia escura (- 2 ºC).

Mas encontram-se algumas zonas verdes claras e amarelas, essencialmente, na península do Antárctico (importação de ar quente, sequela da exportação de ar frio do centro do continente) e na vasta Sibéria.
Portugal está colocado dentro de manchas difusas que se aproximam do zero. De acordo com este mapa, os portugueses gozaram um Agosto sem sofrer muito calor. Os brasileiros, de acordo com este mapa não devem ter tido um Agosto anormal.

Na Austrália ainda deve ter havido menos calor. No sul da Argentina igualmente. No centro do Antárctico muito menos. Os oceanos não parecem ter aquecido. Os ciclones tropicais do Atlântico, de Agosto de 2008, não se justificaram pela temperatura do mar.

As Montanhas Rochosas, como normalmente, dividiram os EUA em duas zonas de temperaturas distintas. Do lado do Atlântico, as descidas dos anticiclones móveis polares a caminho do Golfo do México aliviaram o calor. Do lado do Pacífico, as temperaturas estiveram dentro da média do período de referência.

Falta dizer que esta figura foi obtida através da base de dados da UAH - University of Alabama in Huntsville que monitoriza as AMSU - Advanced Microwave Sounding Unit instaladas em satélites da NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration.

Mesmo que não seja rigorosa, esta figura vai no sentido da tendência que começa a aparecer com nitidez do decréscimo das temperaturas desde há seis anos. Ou, da não tendência de aquecimento desde há 20 anos.

René Descartes (1596-1650), em 1637, no Discurso sobre o método definiu uma indicação que os cientistas deviam seguir nos trabalhos de investigação científica. Em linhas gerais, o método resume-se em cinco etapas:

1.º) Assinalar um problema ou, o que é o mesmo, ter uma ideia;
2.º) Reunir todos os dados essenciais sobre ele, eliminando o que não é fundamental;
3.º) Formular uma hipótese;
4.º) Predizer, a partir dessa hipótese, o resultado de ensaios nunca realizados e a realizar;
5.º) Se os ensaios resultarem como previsto, e forem replicados por cientistas independentes, a hipótese pode passar à categoria de teoria.

O IPCC nunca passou da primeira etapa. Há 20 anos que a hipótese ipcciana não se verifica. Há seis que ela é refutada. Aliás, nunca se realizou qualquer observação real das suas hipóteses.

Nem se pode realizar. Apenas se têm realizado exercícios académicos com modelos informáticos que não correspondem sequer à realidade. Os modelos dão sempre os resultados que se pretendem antecipadamente. Basta utilizar na entrada uma base de dados que convenha que a saída dá o que se quer que dê.
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