quarta-feira, dezembro 31, 2008

Por que razões 2008 não deixa saudades aos docentes?

Vejo cinco razões substantivas:
1. MLR, JP e VL lançaram a maior confusão de sempre nas escolas portuguesas. Se houvesse racionalidade e bom senso no primeiro-ministro, há muito estariam demitidos.
2. Apenas um exemplo da confusão: o decreto regulamentar 2/2008, que institui o modelo burocrático de avaliação de desempenho, já sofreu duas mudanças substanciais: no final do ano lectivo passado, com o objectivo de avaliar os contratados; em Dezembro de 2008, com o simplex2. Tanta mudança num único ano só prova que o modelo não presta. Não é por acaso que mais nenhum país europeu o adoptou. É uma originalidade trazida do Chile pela comitiva socialista que acompanhou Jorge Sampaio na visita oficial àquele país. É um modelo com dois propósitos: humilhar os professores e embaratecer a profissão.
3.A morte da gestão democrática. Todos os estudos feitos sobre a gestão democrática foram unânimes nas conclusões: havia uma boa relação de confiança entre os conselhos executivos, os professores e os pais; as escolas tinham, regra geral, um bom clima de trabalho; os procedimentos eram, regra geral, correctos e a maioria das escolas funcionavam bem. Ninguém entende por que razão o Governo resolveu pôr fim a um modelo de gestão que funcionava bem.
4.Nos discursos e entrevistas de MLR, JP e VL manteve-se o azedume contra os professores. A teoria dos professores como bodes expiatórios dos males da sociedade continuou a entranhar-se na opinião pública.
5.Os professores estão exaustos e desmotivados. A indisciplina e a violência escolar continuam a ser uma chaga e o ME finge que não sabe de nada.
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