domingo, novembro 30, 2008

O agressor

Mamas pequenas e tomates roxos

Olha que dois estudos tão interessantes!
O primeiro, realizado na Suécia, chega à conclusão que o consumo de café em excesso pode provocar a diminuição dos seios das mulheres.
Segundo os investigadores, o café interfere com os estrogénios, interferindo, assim, no tamanho das maminhas.
Portanto: atenção mamalhudas! Para quê gastar rios de dinheiro nas Clínicas espanholas de cirurgia plástica. Não é preciso cirurgia de redução mamária - basta que bebam quilolitros de café todos os dias!
O segundo estudo vem da Grã-Bretanha. Cientistas britânicos criaram uma variedade de tomate, de cor roxa, que poderá ajudar a prevenir o cancro.
Os cientistas incorporaram nos tomates genes da planta boca-do-dragão, conhecida por ser rica em antocianina, um pigmento antioxidante, com propriedades anticancerígenas.
A antocianina acumulou-se nos frutos do tomateiro em níveis muito altos, dando a cor roxa à pele e polpa dos tomates.
Depois, os maquiavélicos cientistas, deram tomates roxos a ratinhos predispostos para o cancro e muitos destes não desenvolveram cancro, ao contrário dos que comeram tomates vermelhos.
Em resumo: os tomates roxos podem prevenir o cancro.
Portanto, toca a dar pontapés nos tomates uns dos outros, até que fiquem roxos!
http://www.coiso.net/

Governo Genoíno

Piratas somalis e portugas

Na Somália está na moda ser-se pirata, o que não admira, já que a Somália está na Idade Média.
Parece que ser-se pirata dá estatuto. Dizem que, na Somália, os piratas ficam com as raparigas mais bonitas.
Recentemente, um grupo de piratas somalis capturou um petroleiro e pediu, como resgate, 20 milhões de dólares.
A empresa que detém o petroleiro viu-se aflita para reunir a massa porque não conhecia o BPN.
O Banco Português de Negócios emprestou 20 milhões de euros ao ex-ministro pê-esse-dê da Saúde, Arlindo de Carvalho, segundo notícia do Público.
Entretanto, o ex-secretário de Estado pê-esse-dê, Oliveira e Costa, chefe do BPN e o ex-ministro pê-esse-dê, Dias Loureiro, foram a Porto Rico e compraram 75% da New Technologies e 25% da Biometrics Imagineerin. As participações nestas duas empresas custaram, ao BPN, 56 milhões de euros.
A Biometrics estava falida e a New Technologies não tinha qualquer actividade.
O que tem isto a ver com os piratas somalis?
Tudo, excepto que, estes (e outros) ex-ministros do PSD não ficaram com as raparigs mais bonitas.
Valha-nos isso!…
PS - O Professor Cavaco Silva não tem nada a ver com isto! Foi ele mesmo que disse!
http://www.coiso.net/

Soneto à Sinistra Ministra...


Soneto à maneira de Camões :
.
Tão mesquinha e tão vil, tu que pariste
As normas do estatuto do docente,
Não tens nada de humano, não és gente,
Nada mais que injustiças produziste.
.
Se lá nesse poleiro aonde subiste
O estado do ensino tens presente,
Repara como és incompetente,
Como a classe docente destruíste.
.
Se pensas que esta gente está domada,
Te aceita a ti, ao Valter e ao Pedreira,
Estás perfeitamente equivocada:
.
Em breve encontraremos a maneira
De vos correr p'ra longe à cacetada,
Limpando a educação de tanta asneira!
(recebido por mail)

A complexidade do Papel Higiénico!!!











(C/ perfume) (S/ perfume) (Sensitive c/ vitamina E)

Ao fazer compras no supermercado, fiquei palerma com a linha de papéis higiénicos Neve.

Segundo o fabricante, Neve é um produto sofisticado, destinado às classes A e B... só se for A de Apaneleirado e B de Bicha, pela quantidade de mariquices anunciadas, como o Neve Ultra, que já vem com algumas opções:

«alto relevo de flores, perfume e uma micro-textura» que, segundo o texto da embalagem, proporciona aos seus felizes utilizadores «a suavidade de uma pétala de rosa»!

Perguntar não ofende: alguém já limpou o cu com uma pétala de rosa?


Depois, temos o Ultra Soft Color, mais caro é claro! De cor laranja vem com «extracto de pêssego»... como se o cu distinguisse a cor e sentisse o cheiro! Mas, o supra sumo é o Neve Ultra Protection, o top da linha.

Este Rolls Royce dos papéis higiénicos, além de conter «óleo de amêndoas»,que garante «maciez superior e um cuidado maior com a pele», na sua delicada fórmula encontramos Vitamina E (!!!) Esta coisa de cagar e sair com o cu vitaminado é mesmo coisa de maricas!

Manda este e-mail para os teus amigos de cu sensível...

Eu já fiz a minha parte! E não adianta ficares de trombas porque eu também o recebi! 
(recebido por mail)

ERA UMA VEZ... (fábula adaptada)

E porque é bom não esquecer que todos não somos de mais, recupero este pequeno texto. ..
Era uma vez ...
Era uma vez, quatro professores chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém.
.

.
.
Existia um grande descontentamento e problemas muito importantes para resolver e, portanto, foi convocada uma greve para pressionar a resolução desses problemas. Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém a faria. Qualquer-Um poderia fazê-la, mas Ninguém a fez. Alguém zangou-se porque era uma acção de luta a desenvolver por Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um poderia fazê-la, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não a faria.No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito..
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto professor com a função de evitar todos os problemas de "divisão de tarefas" deste tipo.......Moral da história:
os problemas adensaram-se, "os chefes" ficaram cientes da sua enorme força e Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém foram amarfanhados e espremidos até se sentirem uns "Não Somos Nada"… agora, só o Deixa-Andar continua feliz e contente a ser um deixa andar.
.
.Imagem adaptada da imagem original em: http://fototunga.kicks-ass.net/details.php?image_id=1836
Texto recuperado daqui: http://professorsemquadro.blogspot.com/2005/11/era-uma-vez-fbula-adaptada.html
Publicada por Maria Lisboa em 11/30/2008 01:31:00 AM

http://professorsemquadro.blogspot.com/2008/11/era-uma-vez-fbula-adaptada.html

Verdades Absolutas



Ouvir o Jerónimo de Sousa, por muito empolgante que possa ser para os seus camaradas, só me deixa desgosto e retira esperança. Esta eterna arrogância de se ser único, de se ser sozinho, de se ser dono de toda a verdade e saber. Esta necessidade de se ser o dono da esquerda, de todas as verdades e certezas. Eu, não tenho certezas nenhumas, só dúvidas e a esperança de encontrar outros que juntos comigo também procurem soluções. Tantas verdades absolutas assustam-me.
http://www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

Governo admite negociar novo modelo de avaliação

Primeiro-ministro expressa apoio a Lurdes Rodrigues. Sindicatos pressionados a apresentar alternativas
ALEXANDRA INÁCIO, ALEXANDRA MARQUES
O Ministério da Educação está disponível para começar a negociar um novo modelo de avaliação. Assim que os sindicatos o requeiram, mas sem pré-condições, frisou, ontem, o secretário de Estado adjunto, Jorge Pedreira.
"A nossa esperança é que os sindicatos se sentem à mesa e negoceiem", afirmou Jorge Pedreira, ontem, à saída de uma reunião na sede do PS, em Lisboa. O primeiro-ministro, a ministra da Educação e o secretário de Estado, Valter Lemos, também estiveram presentes no encontro com cerca de cem professores militantes socialistas. De manhã, na reunião da Comissão Política do partido, José Sócrates defendeu que a avaliação docente vai prosseguir porque já extravasou o âmbito exclusivo da Educação, sendo agora uma causa do partido, do Governo e dele próprio.
A reunião aconteceu quatro dias antes da greve nacional de professores, convocada para quarta-feira. Jorge Pedreira recusou qualquer coincidência no calendário e sublinhou que reuniões idênticas serão feitas em todos os distritos. Certo é que a reunião poderá ter feito uma brecha na até agora união dos sindicatos.
O dirigente da Pró-Ordem, Filipe do Paulo, também militante do PS, admitiu, à saída do Largo do Rato que poderá não fazer greve e pedir negociações suplementares no âmbito da regulamentação da simplificação. A mudança deve-se à "grande abertura ao diálogo" que o dirigente sindical "viu" ontem em José Sócrates.
Jorge Pedreira garantiu que a disponibilidade imediata do Governo para negociar um novo modelo terá sido transmitida aos sindicatos anteontem, na ronda negocial sobre a simplificação do modelo. Os líderes da Fenprof e FNE negam que essa hipótese tenha sido colocada em cima da mesa e ambos afirmam que a ministra só terá expresso disponibilidade para negociar o novo modelo a partir de Junho, conforme previsto no Memorando de Entendimento.
"O Governo deu todos os passos possíveis" para a resolução do impasse, afirmou Pedreira, acusando os sindicatos de não terem apresentado nenhum modelo de avaliação. Os dirigentes sindicais recordam que tanto as Federações como a Plataforma entregaram propostas alternativas aquando da regulamentação do diploma.
De manhã, aos dirigentes do PS, José Sócrates terá defendido, de acordo com um dos presentes ao JN, que os sindicatos se opõem à avaliação como antes contestaram as aulas de substituição.
Um outro dirigente também presente no encontro confirmou, por sua vez, ao JN, que Sócrates assegurou que não está disposto a fazer qualquer recuo na matéria que é um princípio estrutural. Outra fonte assegurou, ao JN, que José Sócrates frisou que a equipa ministerial identificou os pontos que estavam a dificultar a aplicação do modelo e aceitou deixá-los cair, pelo que a bola está agora do lado dos professores.
No final da reunião, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, referiu que "a ministra não está isolada dentro do Governo. É apenas o rosto de uma reforma que é de todo o Governo".
JORNAL DE NOTÍCIAS, 30 DE NOVEMBRO DE 2008

Comentário: Há "queridos" colegas que querem vender os professores com o intuito de tirar dividendos...

Banco´s eleven



Depois de já ter ouvido que o Constâncio anda há vários dias a trabalhar intensamente para o Banco Privado Português, embora, se somos nós que lhe pagamos um ordenado de nababo, era para nós que o devia estar a fazer...se soubesse. Hoje foi o Berardo que nos veio dizer que, se o estado apoiasse o BPP então também o devia ajudar a ele que também perdeu dinheiro na especulação bolsista. O Engenheiro informou-nos que o Estado ia ajudar o Banco, o Júdice aplaudiu enquanto ao fundo passava o Bilderberg Pinto Balsemão. Uma imagem digna de qualquer filme dedicado à Máfia.
http://www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

MENSAGEM PESSOAL

Caro(a) colega,

Estamos num momento CRUCIAL da nossa luta! Ou lutamos agora, ou muito do que conseguimos e podemos conseguir se pode esboroar.
O pior que podemos fazer é baixar os braços e desmobilizar, como muitos fizeram depois de 8 de Março!

Realizar-se-á, no dia 6 de Dezembro de 2008, em Leiria, entre as 10:00h e as 17:00h, um ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA, onde serão debatidas e apresentadas, pelas escolas participantes, propostas de luta para pôr em prática no imediato (antes não fossem necessárias: seria sinal de um efectivo recuo do ME na verborreia legislativa que deu cabo da escola pública e no ECD!)

É importante que a TUA ESCOLA esteja presente com pelo menos um representante (dois será o ideal).

Assim, peço-te que mobilizes os colegas no sentido de escolherem dois professores que possam estar presentes. Não é necessário qualquer formalismo para essa escolha, se assim o entenderem. O mais importante é que estejam presentes!

Por questões de organização, é necessário realizar a inscrição (gratuita, claro) através do e-mail eneluta@gmail.com.

Algumas informações relativas ao encontro estão já disponíveis no blogue do MUP, em http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/ (índice do lado esquerdo) e no blogue da APEDE aqui:
http://apede.blogspot.com/2008/11/encontro-nacional-de-escolas-em-luta.html
e aqui:

http://apede.blogspot.com/2008/11/inscrio-no-encontro-nacional-de-escolas.html
Peço-te também que envies esta mensagem a todos os teus colegas professores.

A LUTA PRECISA DE TODOS!

Aquele Abraço!
Francisco Trindade pela APEDE e pelo MUP

não é tempo de ser criança!...


Dedico a frase do Nobel aos conselheiros económicos de Durão Barroso

«Alguns dizem que os nossos problemas são estruturais, sem nenhuma cura rápida disponível; mas creio que os únicos obstáculos estruturais importantes à prosperidade mundial são as doutrinas obsoletas que confundem as mentes dos homens.»
Paul Krugman,
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/

Precisamos continuar a estar atentos...capice?


Educação: Governo disponível para negociar, mas sem condições prévias

Educação: Governo disponível para negociar, mas sem condições prévias

Comentário: Há uma condição prévia ao exigir que não aja condições prévias...

pic-nic? hoje não dá! Muita água...


Abuso do poder

O Ministério da Educação recorre agora à ameaça, explícita, face-a-face, através dos seus directores regionais. Recorde-se que não foi pelo mérito profissional que estes dirigentes foram recrutados. Foram indicados ao Ministério pelas estruturas do partido. Portanto, em princípio, gente disciplinada e disposta a tudo. É a hora da verdade para o Primeiro-Ministro que conta com o medo como poderosa arma de divisão.

O filósofo José Gil discute esta faceta da cultura portuguesa no livro “Portugal, Hoje – O Medo de Existir” (capítulo: “De que é que se tem medo ?”). Mais recentemente, conclui assim um artigo na Visão (2.Outubro.2008):“No processo de domesticação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que simples traços psicológicos. São técnicas terríveis de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes. Conviria chamar a este mecanismo tão eficaz, “a desactivação da acção”. É a não-inscrição elevada ao estatuto sofisticado de uma técnica política, à maneira de certos processos psicóticos.”
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2008/11/abuso-do-poder.html

agora imaginem por momentos que aquela casa lá em baixo era o M.E.

O BANQUEIRO E A MINISTRA «ANARQUISTA»

Companheiros/as,
É muito importante que se desmascare toda esta conivência, compreendendo de uma vez por todas que o governo ps, em particular na educação, está a cumprir o programa neo-liberal e na sua vertente mais extremista. Este «think-tank», ao qual pertence o Rendeiro, é apenas um dos que faz figura de «peritos» da equipa ministerial. Os ideólogos mais fanáticos dessa ideologia são, nalguns casos, ex-anarquistas (como o Prof. João Freire, orientador de tese de doutoramento de MLR e inspirador directo da contra-reforma governamental na administração pública). Algures num passado mais ou menos longuínquo, passaram-se de um anarquismo meramente filosófico, para uma conivência objectiva com o «establishment», convertidos ao «anarco-capitalismo» ou seja, a versões extremas do neo-liberalismo.Provavelmente, haverá outros «conselheiros secretos ou -pelo menos- discretos» : são pessoas da penumbra, que não foram eleitos, mas que fornecem as ideias e aconselham na estratégia. O problema é que são conselheiros da estratégia mais desastrosa (para o país) de que há memória pós-25 de Abril.Ora, se tivermos em atenção que o interesse de classe deles é destruir uma Escola Pública de qualidade, fazendo desta uma escola para os «pobrezinhos» e ficando o ensino privado para «formar as elites que irão gerir o país», compreendemos o sentido de toda esta desestabilização do ensino. O efeito prático da instabilidade é uma desqualificação da imagem, um desprestígio da escola pública, tornando apetecíveis (para quem pode pagar) as escolas privadas, as escolas como IPPS, as escolas como pseudo-cooperativas (sobretudo no Superior), as escolas como pseudo-instituições sem fins lucrativos (como os colégios nas mãos de ordens religiosas)...ou seja, viabilizando o sector mercantilizado da educação!Temos de fazer uma campanha de desmascaramento, tanto mais que existem muitos (socialistas reformistas, que sempre votaram PS) que ainda estão iludidos e pensam que o governo Sócrates é reformista SOCIALISTA, quando na verdade é (contra) reformista no sentido da privatização/mercantilização de tudo o que possa ser rentabilizado, no ensino, na saúde, nos planos de reformas, etc...
Solidariedade,MB
http://www.luta-social.org:80/2008/11/o-banqueiro-e-ministra-anarquista.html

ele revela-se...

O que o PM devia saber sobre a FINLÂNDIA!!!

Sim, seria uma obra de caridade que esta missiva chegasse ao seu destinatário - O Sr. P.M. Como Sª Exª tem a mania de nos comparar com a Finlândia, venho por este meio dar o meu pequeno contributo sobre as comparações que tanto gosta de fazer entre os 2 distantes, mas dignos, Países:

1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2. Na Finlândia há contínuos, aliás - políticamente correcto - 'auxiliares de accção educativa', acompanhando constantemente os professores e educandos;

3. Na Finlândia, as crianças são educadas pelos pais no intuito de
respeitarem a Escola e os Professores;

4. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;

5. Na Finlândia as aulas terminam às 3 da tarde e os miúdos vão para
casa brincar, estudar;

6. Na Finlândia o ensino é totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;

7 . Na Finlândia não há avaliadores, professores avaliados nem Inspectores.!!!!!

8. Na Filândia os professores têm tempo para preparar aulas e são felizes.

Nota alguma diferença???
(recebido por mail)

sem comentários...

Não há mérito sem quotas? Que disparate!

«Não há mérito sem quotas»: ouviu-se defender no último debate televisivo sobre a avaliação do desempenho docente.

Esta é uma afirmação que revela a confusão existente entre avaliação do desempenho profissional e progressão na carreira. Ora, a avaliação do desempenho profissional dos professores tem um carácter científico e pedagógico-didáctico, enquanto a progressão na carreira tem um carácter burocrático, administrativo e remuneratório.

Os objectivos da avaliação de desempenho docente, que estão consignados no artigo 40.º do Estatuto da Carreira Docente (Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro), são os seguintes:
– Melhorar a qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares dos alunos;
– Favorecer o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores;
– Inventariar as necessidades de formação;
– Diferenciar e premiar os melhores profissionais;
– Promover o trabalho colegial.

Como se pode observar, nos próprios objectivos definidos pela tutela não consta a progressão na carreira e muito menos a progressão na carreira sujeita a quotas. Nem mesmo o penúltimo objectivo («Diferenciar e premiar os melhores profissionais») remete directamente para tal.
Os objectivos acima referidos (consignados no Estatuto da Carreira Docente e que, não tendo sido revistos, se mantêm, portanto) remetem, pois, directamente para a análise da componente científica e pedagógico-didáctica do ensino, e não para a progressão na carreira.

A progressão na carreira surge, no Estatuto da Carreira Docente, como uma consequência, e não como um objectivo, o que é totalmente diferente, como se pode ver no artigo 41.º, em que se consigna a relevância (e não o objectivo) da avaliação do desempenho: esta é considerada «para efeitos de progressão e acesso na carreira». Como é consabido, o efeito decorre da causa, e não o contrário. Tal significa que, em primeiro lugar, os profissionais são avaliados e vêem reconhecido o seu mérito segundo critérios definidos pela tutela. A tutela só tem de definir os critérios do mérito, nomeadamente os de Bom, de Excelente e de Muito Bom. E, se os profissionais corresponderem a esse critérios, o mérito tem de ser reconhecido.

Depois, depois surge o efeito do reconhecimento desse mérito: o professor progride de uma determinada forma na carreira. As quotas são um número artificial, que nada tem que ver com o mérito, mas, apenas, com uma determinada política salarial.

Assim, não se deve deixar confundir mérito com quotas. Há, sim, mérito, independentemente de quotas, como há quotas, independentemente do mérito.

Para uma melhor compreensão, só uma simples analogia com a avaliação dos alunos: um aluno que num 12.º ano obtém uma média de classificação de 18 valores tem mérito, muito mérito. No entanto, se pretender entrar num curso em que o numerus clausus seja de 100 vagas e houver 100 candidatos a essas vagas com a classificação de 18,1 valores ou superior, o aluno de 18 valores não entra, mas não deixa de ter mérito! Ao invés, poderá ocorrer que num curso com o mesmo numerus clausus, mas que não tenha tanta procura, haja alunos de 10 valores que entrem (sem grande mérito)
e até que fiquem vagas por preencher.

Quotas não são mais do que um numerus clausus artificial, que não tem nada que ver com o mérito!

Se o Ministério da Educação pretende realmente o mérito no desempenho docente, e não, apenas, pagar menos aos professores em salários, deverá demonstrá-lo suprimindo as quotas, substituindo-as pela definição de um perfil de Excelente, de Muito Bom e de Bom e atribuindo as referidas menções a quem corresponder aos perfis definidos. E assim estará, com seriedade, a diferenciar e a premiar os melhores professores.

sábado, novembro 29, 2008

Se os professores se mantiverem unidos e determinados esta será a situação do M.E.

Mas vamos ter TGV, outro aeroporto e outra ponte

A Comissão Europeia enviou hoje a última advertência escrita a Portugal por incumprimento das normas da União Europeia, em vigor há oito anos, sobre água potável, considerando “inaceitável” que ainda existam “muitos locais onde a água continua a não ser segura para o consumo humano”. Portugal tem um prazo de dois meses para dar uma resposta. Se Portugal não der “rápido cumprimento”, a Comissão tem “poderes para requerer ao Tribunal de Justiça a aplicação de coimas” por cada dia de incumprimento, informa Bruxelas em comunicado.
http://opaisdoburro.blogspot.com/

sem comentários...

Eu professor me confesso

Duvido muito que eu seja um professor Muito Bom ou Excelente,
Apenas sou professor há 4 anos e caso alguém se tenha esquecido,
a experiência conta e muito, assim como na vida, em qualquer profissão.

Sou engenheiro de informática e, antes de ser professor,
trabalhei durante 2 anos como consultor na área da Internet na banca.
Também nessa área encontrei "tachos" e
"cantigas" cuja finalidade era meter medo aos recursos humanos para os explorar melhor.
Por acaso ganhava mais, quando que comecei há 7 anos como engenheiro, do que ganho agora.

A convite comecei a dar aulas e realiza-me muito mais esta profissão.
Pessoalmente sinto um retorno muito maior ao poder interferir na aprendizagem e crescimento dos nossos jovens.

Quando comecei ocupei-me com a intensidade e a novidade de
preparar e dar aulas e ainda a responsabilidade de avaliar.
Assim quando o burburinho da divisão das carreiras começou eu não me envolvi muito
porque não estava bem ciente do que se estava a passar.

Senti um grande conforto com muitos alunos porque julgo que,
com a minha ajuda, aprenderam e não só sobre informática.
Senti também dificuldades materiais e organizacionais que expus sempre
ou directamente a colegas e órgãos ou nos meus relatórios de auto-avaliação.

Decidi profissionalizar-me para ser Professor.
Consegui vaga numa Universidade Pública, fiz as cadeiras pedagógicas e o estágio.
Depois saiu uma lei que não acredita nestes cursos. De um Estado que não acredita em si próprio.
E portanto apareceu ainda uma nova divisão na carreira. "Os sem carreira", os precários.

No ano em que fiz o estágio pela universidade
ainda acumulei com 15 turmas numa escola para não viver do ar
porque não tenho dessas subvenções vitalícias dalguns funcionários públicos nomeados.
Turmas de 25 alunos ou 20 quando tinha alunos com graves deficiências cognitivas.
Sempre me pronunciei, como muitos, contra a "inclusão" destes alunos que é apenas economicista.

Tenho-me deparado com necessidades de formação específica e com a sua inexistência.
Tenho-me deparado com a URGÊNCIA e a INEXISTÊNCIA de assistentes sociais nas escolas
para um trabalho com as famílias menos estruturadas.

E deparo-me agora com um exemplo de democracia dado por muitos colegas
e ao qual junto
onde os profissionais exigem respeito.
Eu exijo respeito.
Eu não admito que alguém, mesmo que seja meu chefe,
me venha culpar pelos males da educação no país.
Muito menos quando não há uma autonomia real pois tudo é centralizado
e muito menos quando NUNCA ouve o coro de propostas e chamadas de atenção para problemas.
Quando o meu chefe supremo anda a "vender" números aos outros departamentos
e a culpar os seus recursos humanos da sua má gestão.

Eu recuso esta avaliação punitiva em nada construtiva,
culpabilizadora, economicista e manipuladora de resultados.
Eu exijo uma avaliação que procure melhorar o sistema,
que me dê formação necessária, que me escute e que me puna se for o caso.
Eu recuso este clima totalitário nas escolas.
E julgo-me nesse direito porque o Estado também é meu.
E eu não estou no serviço público através de nenhum partido,
nem a enriquecer.
Estou é farto!
Não de ser professor,
mas do que andam os chefes dos professores a fazer.


Pedro Quintas
Professor em Braga

pinta de adesivos...

O modelo de avaliação de professores proposto por este governo

O Monstro
A monstruosidade burocrática chamada de avaliação de professores criou nos últimos dias uma situação de braço de ferro entre o Ministério de Educação e os professores, sindicatos e outras associações de classe, difícil de sanar.
Para além do impasse ser mais do que previsível, ele é também o culminar de várias perturbações legislativas, que este organismo tem vindo sucessivamente a despejar nas escolas.
A tentativa para impor esta barafunda só seria possível neste país eternamente desgovernado pela partidocracia vigente e exposto a toda a espécie de aberrações saídas de interesses obscuros e de mentes perversas.
A meu ver este sistema de avaliação não foi copiado do Chile de Salvador Allende, como alguns fazem crer, mas inventado num gabinete da 5 de Outubro, por alguns dos milhares de burocratas do Ministério e seus satélites, que precisam de apresentar trabalho para defender o lugar que ocupam de feição vitalícia até à reforma dourada.
Pessoalmente não entendo porque é que os professores têm que ser avaliados, uma vez que são avaliadores por excelência. Como qualquer outro profissional deverão ser, isso sim, avaliados pela empresa onde trabalham: a escola ou outra instituição. Se não servem têm que procurar outra saída profissional.
Também não percebo porque é que os professores são alvo desta avaliação politiqueira, num país onde existem tantos profissionais que nunca foram avaliados nem nunca o serão, muitos deles pertencentes ao aparelho do Estado. O melhor exemplo encontra-se nos gestores e detentores de cargos políticos, peritos em auferir salários milionários e escandalosos e em oferecer milhões saídos do nosso bolso, em troca de nada.
Além disso, em Portugal os professores sempre foram avaliados, embora por um processo algo semelhante ao que agora querem impor revestido de uma enxurrada de papelada e reuniões infinitas, que não lhes permitem fazer o seu trabalho e ter uma vida familiar.
Há quem se esqueça que os professores antes de ingressarem na profissão tiraram os seus cursos e a sua profissionalização, tendo sido depois sujeitos a todo o tipo de acções de formação, para além de estarem em permanente formação e em contacto com experiências e livros que precisam de ler.
A razão que levou a eleger os professores como forma de propaganda do governo e bodes expiatórios do fracasso das reformas, encontra-se no facto de serem um grupo profissional dividido e fragilizado por divisões politiqueiras e sindicais.
Nunca foram uma corporação e dificilmente conseguirão formar um lóbi capaz de impor uma equipa ministerial que servisse o país, papel que foi deixado a universitários que nada conhecem do sector.
Compare-se os modelos de avaliação vigentes nos países onde estes existem e chegar-se-á a conclusão de que por cá apenas se pretende poupar uns cobres com uma classe, que face a outros países já é bastante mal paga.
Poupa-se nos professores e nas escolas, mas os cofres estão cheios de milhões para distribuir pelos bancos que têm afundado a economia e gastar em despesismos eleitoralistas de caça ao voto.
Os milhões que o ministério gasta em números teatrais propagandísticos do tipo Magalhães, em estudos e em contratos com empresas clientalistas, poderiam ter sido destinados a melhorar os estabelecimentos escolares e em criar condições para um ensino saudável, num país que tanto necessita de formação para poder competir economicamente.
Este governo e a sua politica criou nas escolas um péssimo ambiente de trabalho e um clima de perseguição, que fez fugir em poucos meses muitos dos professores mais capazes e experientes, que preferiram meter a reforma antecipada, pedir a exoneração ou simplesmente procurar outro meio de vida.
Entretanto, nos últimos dias a ministra parece mais preocupada em dar entrevistas a jornais e televisões, o que não lhe augura um fim feliz a ela e ao seu insólito sistema. Isto depois das cedências pontuais feitas à ultima hora.
Toda esta atmosfera de desestabilização das escolas vai fazer com que as famílias com posses continuem a pôr os filhos nas escolas privadas, que nos últimos anos se têm vindo a multiplicar pelo Algarve e pelo país, estabelecimentos onde os professores se dedicam exclusivamente a ensinar os seus alunos.
Por estranho que seja, parece que serão estas escolas que irão salvar o que resta de algum ensino de qualidade que já tivemos.
José Rosa Sampaio
(recebido por mail)

Olha aqui um adesivo...

O ANARCO-CRETINISMO BIPOLAR DE MARIA DE LURDES RODRIGUES

Já conhecíamos o anarco-capitalismo de Nozick, o anarco-terrorismo do «quero, posso e mando» dos poderosos deste mundo, a «anarquia» dos paraísos fiscais, dos recibos verdes, do trabalho infantil, das empresas com salários em atraso, e dos despedimentos selvagens.

Do que desconhecíamos, de todo, era realmente a nova corrente do pensamento político e educacional protagonizada pela actual ministra da educação : o anarco-cretinismo. Trata-se, sem dúvida, de uma novidade no léxico político a juntar a tantas outras como o nacional-socialismo de Hitler, o socialismo liberal de Blair, Sócrates & Cia, o comunismo de mercado chinês, o capitalismo popular das privatizações, etc, etc

O anarco-cretinismo da MLR nada tem a ver, pois, com o Anarquismo fundado por Proudhon, que inspirou Antero de Quental, Aquilino Ribeiro e António Sérgio, e tantos outros nomes da história da Humanidade, como Tolstoi, Emma Goldman, o músico John Cage, o fotógrafo Cartier-Bresson, etc.

Trata-se, no fundo, segundo o que acabamos de apurar, de uma corrente política emergente de que são protagonistas alguns estadistas que, na base do caldo cultural pós-modernista do «everything goes» são capazes de adorar o deus ( o Estado) e o diabo ( a anarquia), a «bu(r)rocracia» mas também – vejam lá ! - a liberdade !!!

Na entrevista concedida hoje ao jornal Público, Maria Lurdes Rodrigues confessa-se "Ainda me sinto anarquista", para acrescentar logo, de seguida, que o anarquismo… "é ter um quadro de valores, de pensamento que orientam a nossa acção." Não obstante, a mesmíssima ministra «anarquista» confessa noutra parte da entrevista que, até à data, não se filiou no PS porque "não aconteceu" (sic) e que ficou profundamente tocada quando recebeu uma carta “de um menino que recebeu um computador para ter em casa” e lhe escreveu a dizer: 'Quando for grande, vou inscrever-me no PS.’

Lemos, voltamos a ler, e ficámos completamente esclarecidos (ou, se se quiserem, estarrecidos) sobre o anarco-cretinismo, essa novel doutrina política que vai fazendo o seu caminho de Santiago entre os corredores da 5 de Outubro.

Desconfiávamos já que de Sociologia havia ali pouca coisa. Do estudo e análise dos meandros das Organizações e dos Currículos, reinava a mais completa confusão. Da educação e das escolas relevava apenas um conhecimento empírico ressabiado. Do que não imaginávamos era da douta ignorância da Ministra sobre o anarquismo, esse tal «quadro de valores e pensamento que orienta a nossa acção» (sic)!!!

Pois outra coisa não se pode concluir quando vemos a mesma pessoa a assumir-se do quadro de valores do anarquismo e, simultaneamente, logo na linha seguinte, a regozijar-se pela manipulação propagandística sobre o indefeso menino que se vende facilmente por um miserável Magalhães de preço barato.

A leviandade, a raiar a ininputabilidade, demonstrada revelam à saciedade de que é feito o anarco-cretinismo protagonizado pela actual responsável da Educação do governo de Sócrates, e que teima em instilar e difundir o seu «quadro de valores orientador da acção» por todas as escolas portuguesas por via das suas discutidíssimas e «subversivas» medidas governamentais…

É no que dá uma ministra «anarco-cretina»…

Por viriato IN “SINISTRA-MINISTRA”

piquete


http://jorgedelmar.wordpress.com/

Ministra da Educação sente-se anarquista

«Ainda me sinto anarquista», esta frase pertence à ministra da Educação do Governo de Portugal, Maria de Lurdes Rodrigues (MLR). Vem transcrita, hoje, no jornal Público, e foi proferida há poucos dias.
MLR conta, na entrevista, que colaborou no jornal anarco-sindicalista A Batalha e na revista anarquista Ideia. Mas conta também que aquilo que gostava mesmo de fazer era colar selos. Diz MLR: «Havia uma tarefa que me dava muita paz, que era colar selos e cintas nos jornais ou nas revistas que iam ser expedidas.»
Agora, não consigo evitar estas dúvidas:
1. Para ainda hoje se considerar anarquista, MLR terá, em algum momento, percebido o que era/é o anarquismo?
2. Ou MLR entendeu mesmo o que era/é o anarquismo e está militantemente, infiltradamente, clandestinamente, lentamente, mas certeiramente, a fazer aquilo que compete a um verdadeiro anarquista fazer: tentar destruir o Estado?
Fico preocupado porque esta possibilidade não é destituída de sentido: MLR já conseguiu destruir parte do sistema educativo, já incendiou as escolas, pôs os professores a anteciparem as suas reformas, originou que os alunos lhe atirassem ovos e tomates, desencadeou duas manifestações de mais de 100 mil docentes, provocou uma onda de greves que se inicia para a semana, faz e desfaz leis a uma velocidade nunca vista, já ninguém lhe reconhece autoridade e só arranja problemas ao Governo a que pertence. Quem poderia fazer mais, quem poderia fazer melhor em prol da desautorização de um Governo, do descrédito da Autoridade, em suma, da destruição do Estado?
MLR sabe o que faz, nós é que não sabíamos o que andava ela a fazer. MLR continua a ser militante anarquista. Está no activo e não brinca em serviço.

A estas duas dúvidas junto, contudo, uma certeza: MLR já não cola selos. Vejo no seu olhar que não está em paz, portanto, não cola selos.
Não posso, todavia, deixar de formular um desejo, um pedido, uma prece: MLR, volte a colar selos. Por favor, volte a colar selos. Seria uma paz para si e uma imensa paz para todos nós.
http://www.oestadodaeducacao.blogspot.com/

Hoje vou...

Os professores devem continuar atentos!...

Einstein sobre os professores



"Há que conceder aos professores a maior das liberdades no que respeita aos conteúdos a ensinar, assim como aos métodos a utilizar. Pois é verdade que também para estes o prazer na execução do seu trabalho pode ser aniquilado pela força ou pela pressão exterior”.


Albert Einstein

sem comentários...

Branqueamentos na Educação

Como argumento para avançar com este monstruoso modelo de avaliação de professores a senhora ministra e o seu secretário de estado reconhecem não existir nenhum modelo igual a este na Europa mas que também não existe nenhum país com os nossos índices de insucesso e abandono escolar.
Tal argumento mesmo para mau entendedor só pode significar: o problema estava nos professores. Enfim, já sabíamos que éramos, nós os professores, o bode expiatório dos males da nossa Educação. Esta foi apenas mais uma acha para a fogueira em que estes senhores andam a queimar os professores há mais de três anos.
Só que talvez não seja mau fazer um exercício de raciocínio comparativo. Como eram os índices de literacia, insucesso e abandono escolar (ou falta de acesso escolar) há 34 anos, por altura da revolução democrática que derrubou o fascismo? Não sei números exactos. Só sei que o novo regime herdou um histórico pesadíssimo neste campo e que se fizeram progressos assinaláveis nestas últimas três décadas.
A senhora ministra, apesar de socióloga, comete assim um erro de algibeira e um tremendo erro político inconcebível em alguém que é membro de um governo “socialista”: branqueou 48 anos de fascismo no que à Educação diz respeito. E para quem faz isso não é também de admirar o branqueamento da actividade de muitíssimos governos nas três décadas recentes, nas quais se incluíram muitíssimos anos de governação “socialista”. A culpa estava todinha na pretensa falta de avaliação dos professores. Ministros, legislação, administração educativa, programas, condições de trabalho, etc, tudo isso não influenciou e influencia os nossos resultados escolares. E além disso, o mundo da nossa Educação deveria ser um oásis no meio da nossa sociedade da cauda da Europa…
Enfim, ao que chega a argumentação de alguém para quem tudo serve para denegrir gente séria que trabalha nas escolas.
http://edutica.blogspot.com/

sem comentários...

O Conselho de Escolas

O Conselho de Escolas é um orgão consultivo criado pelo ME, eleito democraticamente pelos Conselhos Executivos, com a finaldade de emitir pareceres sobre o que à educação diz respeito, entre outros deveres.
O seu presidente, Álvaro de Almeida Santos, deveria ser o porta-voz desse conselho.
Deveria, mas NÃO É.
Diz que é professor mas tenho dúvidas. Pode ser competentissimo sob o ponto de vista científico, mas isso não faz dele professor; pode estar actualizadissimo sob o ponto de vista didáctico-pedagógico, mas isso também não faz dele professor; pode ser competentissimo sob o ponto de vista de gestor de um estabelecimento de ensino, mas isso ainda não faz dele professor.
Falta-lhe algo de extremamente importante: verticalidade, carácter, honradez e dignidade.
Parece-me que lhe falta verticalidade pois como porta-voz do Conselho devia transmitir as decisões do mesmo a quem de direito, neste caso a tutela. E não o fez! As decisões de 2ª feira 17 de Novembro não foram comunicadas à ME; nem na 3ª, nem na 6ª, nem oficialmente, nunca! Porquê? Se não tivesse transpirado para o exterior a decisão do Conselho ainda hoje não se saberia! Como disse ao Correio da Manhã o conselheiro José Eduardo Lemos:

Essa deliberação não foi entregue à ministra pelo presidente Álvaro Almeida dos Santos, o que levou Lemos a exigir a sua demissão. Ontem, manteve a exigência. Lemos frisou ainda que não foi marcada nova reunião pelo presidente, que ontem esteve incontactável.
São estes os valores que um professor transmite? Não respeitar aquilo para o qual foi mandatado só porque discorda? A democracia é muito linda mas é só quando é a nosso favor?
Parece-me que lhe falta carácter pois ontem veio rapidamente para os orgão de comunicação social corroborar as afirmações falsas e distorcidas do secretário de estado Jorge Pedreira. Neste caso teve muita pressa em "andar a dar água sem caneco"! Alguém o mandatou para isso? Mais valia estar calado!
Veja-se o que diz o adesivissimo Jornal de Notícias:
"Lurdes Rodrigues explicou, anteontem, ao Conselho de Escolas (CE) a simplificação. No final, o secretário de Estado, Jorge Pedreira, sublinhou a concordância da "larguíssima maioria" dos conselheiros sobre as medidas. (...) O presidente do órgão, Álvaro dos Santos esclareceu, por comunicado, que as propostas foram "genericamente" acolhidas pelos conselheiros."
Mas quem é que lhe encomendou o sermão? E com que pressa veio a terreiro? Porque foge? (
No mesmo jornal de Notícias e pelo meio (para não se perceber tão bem a questão), diz-se:
"O CE tinha aprovado, na semana passada, uma moção que defendia a suspensão do processo. Ontem, alguns conselheiros manifestaram ao JN a sua "indignação" pelas palavras de Jorge Pedreira: nenhuma moção foi votada, nem nenhum parecer pedido, pelo que os conselheiros consideram que o CE não tomou uma posição."
Ao Correio da Manhã (link acima) "O conselheiro José Eduardo Lemos garante não ter havido "nenhuma deliberação", mantendo-se a decisão tomada no dia 17 por 30 dos 53 conselheiros, que defenderam a suspensão da avaliação."
Não me parece que tenha honradez pois traiu descaradamente a confiança nele depositada pelos seus pares do conselho. A sua primeira obrigação é para com o conselho, é para com as escolas que o elegeram. Está ali como representante das escolas do país! Não como câmara de eco das vontades e desejos do Ministério. Esquece-se do velho aforismo: "Roma não paga a traidores!" . Esquece-se que quando este ministério e governo cairem, cai com eles! Esquece-se que quando já não tiver qualquer utilidade para o ME será descartado, tout court.
Não me parece ainda que tenha dignidade. Se o tivesse, perante tudo isto, ter-se-ia já demitido! Mas não! Está ali! Firme! De pedra e cal, agarrado que nem uma lapa à rocha que o suporta. Não sabe que quando a rocha for, vai com ela!
Aplicando os critérios de avaliação da componente "Atitudes e valores" que se usam para os alunos, Álvaro de Almeida Santos tem aqui um rotundo 0 (ZERO!).
Não pode ser professor quem desrespeita estes parâmetros de vida! Pode ser tudo, mas não professor! São estes os valores que pretende transmitir aos alunos? É este o exemplo que pretende dar? Ser professor é mais do que ser cientificamente qualificado, didatica e pedagogicamente competente, dominar mil e uma teorias da psicologia da educação.
Ser professor é também, e muito, ser exemplo, ser coerente, aplicar os princípios de diz defender na sua vida e conduta!
E neste campo Álvaro de Almeida Santos falha redondamente.
Um conselho (sei que não se dá a quem não o pediu): demita-se quanto antes, se quiser (ainda) salvar a face! Seja Homem e Professor! Talvez ainda vá a tempo e lhe perdoem!
http://reinodamacacada.blogspot.com/

sexta-feira, novembro 28, 2008

beber ou não beber

Problema de matemática 

José Sócrates, numa das suas múltiplas visitas a escolas, numa delas considerada escola-modelo onde foi distribuir uns computadores aos professores, resolve pôr um problema às criancinhas. 
          
(Desta vez, parece que não houve casting prévio...)
 
- Meninos, tenho um problema para vocês resolverem. Quem acertar na solução ganha um computador que eu ofereço!!!
Então, é assim:
- Um avião saiu de Amesterdão com uma velocidade de 800 km/h; a pressão era de 1.004,5 milibares; a humidade relativa era de 66% e a temperatura 20,4 ºC. A tripulação era composta por 5 pessoas, a capacidade era de 45 lugares para passageiros, a casa de banho estava ocupada e havia 5 hospedeiras, mas uma estava de folga.  
 A pergunta é... Quantos anos tenho eu?  
 
Os alunos ficam assombrados.
O silêncio é total…..
A professora fica estupefacta.
 
Então, o Joãozinho, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz de pronto:

- 50 anos, senhor inginheiro!

José Sócrates surpreendido fita-o e diz:
- Caramba!   Acertaste em cheio. Vou dar-te o computador!  Eu tenho mesmo 50 anos.  
Mas como encontraste esse número?  
 
 E Joãozinho diz:
- Bem, foi muito fácil.  Foi uma dedução lógica, porque eu tenho um primo que é meio parvo, e tem 25 anos...
(recebido por mail)

parafusos

E os quatro menimos cresceram

 * Certa vez, quatro meninos foram ao campo e, por €100 compraram o burro de um velho camponês.


* O   homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.

* Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes:

* Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.

* Então devolva-nos o dinheiro!

* Não posso, já o gastei todo.

* Então, de qualquer forma, queremos o burro.

* E para que o querem? O que vão fazer com ele?

* Nós vamos rifá-lo.

* Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?

* Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.

* Um mês depois, o camponês encontrou-se novamente com os quatro garotos e perguntou-lhes:

* E então, o que aconteceu com o burro?

* Como lhe dissemos, nós rifámo-lo. Vendemos 500 rifas a €2  cada uma e arrecadamos €1.000.

* E ninguém se queixou?

* Só o ganhador, porém devolvemos-lhe os €2, e pronto!


*O IMORAL DA HISTÓRIA*

Os quatro meninos cresceram, e:

Um fundou um banco chamado **BPN**

Outro uma empresa chamada **SONAE**

Outro uma igreja chamada **Universal**

E o último está num partido político chamado **PS**

E agora estão a governar Portugal!!!!

pregos


Método do tijolo para selecção de funcionários

O método consiste em colocar todos os candidatos num armazém e disponibilizar 200 tijolos a cada um.Não dê orientação nenhuma sobre o que fazer.Em seguida saia e tranque a porta. Espere seis horas, volte e registe o que os candidatos fizeram.Analise os resultados da seguinte forma:1 - Os que contaram os tijolos, contrate-os como contabilistas.2 - Os que contaram e em seguida recontaram os tijolos, serão auditores3 - Os que espalharam os tijolos e os classificaram pela forma e propriedades físicas são engenheiros.4 - Os que tiverem arrumado os tijolos de forma estranha, difícil de entender, coloque-os no Planeamento, Projecto, Implementação e Controlo de Produção.5 - Os que estiverem a empilhar ordeiramente tijolos limpando-os previamente muito bem e reparando os que estiverem lascados, coloque-os na Operação&Manutenção.6 - Os que estiverem a dormir, coloque-os na Segurança.7 - Aqueles que picaram os tijolos em pedacinhos e estiverem a tentar montá-los novamente, devem ir directamente para a Tecnologia da Informação.8 - Os que estiverem sentados sem fazer nada ou com conversas da treta , são dos Recursos Humanos.9 - Os que disserem que fizeram de tudo para diminuir o stock mas a concorrência está desleal e será preciso pensar em maiores facilidades, são vendedores natos.10 - Os que já tiverem saído, são gerentes.11 - Os que estiverem a olhar pela janela com o olhar perdido no infinito, são os responsáveis pelo Planeamento Estratégico.12 - Os que estiverem conversando entre si com as mãos no bolso demonstrando que nem sequer tocaram nos tijolos e jamais fariam isso, cumprimente-os com muito respeito e coloque-os na Direcção.13 - Os que levantaram um muro e se esconderam atrás dele, são do Departamento de Marketing. 14 - Os que afirmarem que não vêem nenhum tijolo na sala, são do Departamento Jurídico.15 - Os que reclamarem que os tijolos 'estão uma me rda, sem identificação, sem padronização e com medidas erradas', coloque-os na Qualidade.16 - Os que estiverem a chamar aos outros 'companheiros' , elimine-os imediatamente antes que criem um sindicato.
(recebido por mail)

Há mais probabilidades desta foto ser verdadeira do que este M.E. abdicar de livre vontade do seu modelo de avaliação


A MALDIÇÃO DA MINISTRA...

Estou em crer que a ministra da educação deve ser a pessoa que, neste momento, é a pessoa mais odiada deste país. Mas mais, para além disso, é odiada por uma classe profissional que, por norma, é bastante transigente e moderada mesmo nos seus ódios. A razão é simples, tomou os professores por parvos, abriu-lhes uma perseguição nunca antes vista, tratou de os denegrir o mais que pôde e tratou-os com uma arrogância e autoritarismo impossíveis de aceitar, fosse por quem fosse. O balanço final é simples de fazer: tornou insuportável a vida nas escolas, a professores, funcionários, alunos e pais.
Acordou no dia em que cem mil professores saíram à rua e acordou mal. Nesse dia, se tivesse um pouco de vergonha na cara e honestidade moral e profissional, tinha-se demitido. Mas não tem, nem uma coisa nem outra. Pelo contrário, com uma imbecilidade que ficará para os anais da história, resolveu ameaçar e exercer um poder, que acabara de perder, de uma forma ainda mais despótica e tirânica. Outra imbecilidade descomunal… No dia em que saíram à rua não cem, mas cento e vinte mil professores, começou a tentar mostrar-se mais humana e dialogante… Porém, esqueceu-se que os professores não estão esquecidos do mal que ela fez à escola pública e da forma como os denegriu e humilhou. Sabem que não é nem humana, nem inteligente e isso, para a classe, não tem perdão… Um mulher que obrigou colegas em estado de doença terminal a irem trabalhar, não fosse a sua cegueira e falta de vergonha patológicas, saberia que já nada tem a esperar neste país…
Possivelmente, irá para a Europa, como prémio de ter destruído a escola pública pensando nos tostões imediatos e para não ter que assistir de perto ao trabalho que irá dar tentar reerguer o que ela destruiu. É bom que vá e que se fique por lá, em Portugal está completamente queimada, enquanto não mudar de feições irá ao cinema, espectáculos musicais e a todo o lado a que vá e sentir-se-á mal, nem ela na sua patológica mania conseguirá ser imune ao desagrado que verá no rosto dos outros e aos comentários que ouvirá. Os ovos são muitos e de muitas espécies e não terá segurança para sempre… É a maldição que merece e que terá em Portugal. É bom que ria agora, porque o futuro se encarregará de a fazer engolir o riso…
Um abraço,
quink644
(recebido por mail)

sem comentários...


Fenprof pede demissão da ministra após reunião tensa no Ministério

Fenprof pede demissão da ministra após reunião tensa no Ministério

Está aí alguém?...


Ministério de Educação reafirma que não altera avaliação

Ministério de Educação reafirma que não altera avaliação

Entre estes dois venha o diabo e leve os dois...

A melhor educação para os mais aptos é a melhor educação para todos. Não podemos exigir menos

1.O ME, as DREs e algumas associações pedagógicas foram tomadas pelos chamados especialistas em Ciências da Educação. A vertente mais tóxica para o acto educativo e as funções lectivas do professor é a da chamada teoria curricular (um ramo das Ciências da Educação). A razão é simples: como a teoria curricular não têm objecto científico específico nem fundamentação num ramo do conhecimento ou numa disciplina, têm  a tendência para, de forma imperialista, capturar o acto educativo, espartilhando-o, atomizando-o, tornando-o um espaço estéril, escolástico, fragmentado, burocratizado e, como consequência, privado de criatividade e espontaneidade. O acto educativo sem criatividade e espontaneidade é uma coisa morta ao serviço dos controladores do currículo, os não produtores, todos aqueles que vigiam, controlam e reprimem o trabalho do professor a partir de centros de comando que estão fora da escola (DREs, comissões disto e daquilo, conselhos daquilo e daqueloutro...).
2. Não confundir teoria curricular com desenvolvimento curricular. A primeira é um conjunto de especulações, sem qualquer correspondência com a realidade das escolas, que visam criar espartilhos, grelhas, mecanismos de controlo político e administrativo e de punição dos professores. Faz uso do velho método da escolástica, enredando os criadores das teorias num complexo labirinto de citações de citações. É inútil, estéril e vazia. Só serve para aprisionar o professor e secar a sua criatividade.
O segundo - o desenvolvimento curricular - é um ramo da Pedagogia de grande utilidade para os professores porque lhes fornece instrumentos para uma melhor planificação e avaliação das tarefas de ensino. O desenvolvimento curricular, quando bem ensinado, permite encontrar respostas para as clássicas e intemporais perguntas: o que ensinar? Como ensinar? Para quê ensinar? Quando ensinar? Como avaliar?
3. Nos últimos anos, assistimos a uma hecatombe legislativa, contraditória e complexa, que visa, no essencial, introduzir nas escolas públicas as estratégias e os modos organizacionais das empresas que produzem bens materiais. Essa hecatombe legislativa foi preparada e legitimada por muitos especialistas em Ciências da Educação, regra geral, pessoas que estão fora do campo produtivo (fora da sala de aula) e que há muito se afastarem das ciências ou disciplinas que compõem ou fundamentam os planos de estudos das escolas básicas e secundárias. A legitimização por parte das Ciências da Educação dos discursos e práticas de mercadorização das escolas públicas encontra o seu zénite na defesa do modelo burocrático de avaliação de desempenho (decreto regulamentar 2/2008) e do novo estatuto da carreira docente (decreto-lei 15/2007).
4. É por isso que a luta dos professores contra a divisão da profissão em duas categorias e contra o modelo burocrático de avaliação de desempenho é um luta civilizacional pela defesa da escola pública, da criatividade do acto educativo, da liberdade pedagógica e da democracia nas escolas.
5. É também uma luta civilizacional que visa recuperar a centralidade curricular dos conteúdos, dos clássicos, das grandes obras científicas, literárias, filosóficas e artísticas e do cânone cultural. Essa luta operacionaliza-se aplicando a máxima "a melhor educação para os mais aptos é a melhor educação para todos". Não podemos exigir menos.
http://www.profblog.org/

Objectos...O que eles se dizem...

Governo justifica norma sobre avaliação de professores

Governo justifica norma sobre avaliação de professores no OE 2009 para ultrapassar "formalismo inútil"

Posso estacionar aqui o meu bólide de 4 rodas?

FNE decide manter a greve depois de reunião no ministério

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação mantém a greve de
professores agendada para a próxima quarta-feira, depois de uma
reunião com o Ministério da Educação ter terminado sem acordo quando
ao processo de avaliação dos docentes.


O secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, falava aos jornalistas
à saída de uma reunião com o Ministério da Educação, que hoje se reúne
com os sindicatos para discutir as propostas de simplificação do
modelo de avaliação apresentadas pela tutela.

Os sindicatos mantêm que só aceitam a suspensão do modelo, pelo que a
greve prevista para dia 03 de Dezembro, adiantou hoje Dias da Silva.

Segundo o projecto de decreto-regulamentar divulgado pelo Ministério
da Educação (ME), a avaliação da componente científico-pedagógica
passa a ter carácter voluntário. Assim, a observação de pelo menos
duas aulas só será obrigatória se o professor avaliado quiser aceder
às duas classificações mais elevadas.

Por outro lado, deixa de ser considerado o parâmetro relativo aos
resultados escolares dos alunos e à redução das taxas de abandono
escolar.

Os professores, sempre que requeiram, poderão ser avaliados por
professores da mesma área disciplinar, podendo neste caso estes
docentes ser requisitados a outros estabelecimentos de ensino. O ME
abriu a possibilidade do pagamento de horas extraordinárias para
concretizar esta medida.

Em relação às fichas de avaliação e auto-avaliação, é apenas exigida a
classificação e avaliação dos parâmetros, sendo dispensado o
preenchimento dos itens e sub-parâmetros.

Outra das medidas de simplificação anunciadas prende-se com a
dispensa, em caso de acordo, das reuniões entre avaliador e avaliado,
designadamente para discutir os objectivos individuais e a atribuição
da classificação final.

Apesar destas medidas, os sindicatos de professores insistem que o
processo de avaliação de desempenho deve ser suspenso, caso contrário
mantêm as acções de luta agendadas: greve nacional (03 Dezembro),
greves regionais (09 a 12), vigília de 48 horas à porta do ministério
(04 e 05) e uma greve na semana das reuniões de lançamento das notas
dos alunos (a partir de dia 15).

Para aprender a voar...ali ao lado!...

21 razões para lutar contra a avaliação burocrática de desempenho

Tem-se falado muito e mal da avaliação dos professores. Nota-se que pouca gente sabe do que se trata na realidade.
Para defender o ponto de vista do governo, diz-se que não havia até agora... O que não é de todo verdade. Até agora, os professores tinham de apresentar um relatório crítico de actividade, que era analisado por uma comissão de avaliação, e de fazer formação na qual tinham de ser aprovados. Se não houvesse anormalidades, os docentes teriam "Satisfaz". Se o professor não tivesse cumprido as suas funções ser-lhe ia atribuída a menção de "Não Satisfaz". Para obter a classificação de "Bom" e de "Muito Bom" teria de se submeter a um processo com várias etapas de burocracia. Existia um sistema de avaliação, ao contrário do que o Primeiro-Ministro defende ao tentar, mais uma vez, enganar os portugueses, tentando colocá-los contra os "professorzecos". O Primeiro-Ministro podia dizer que não concordava com ele, mas não pode continuar a mentir, dizendo que não havia.
Passando ao novo modelo de avaliação de desempenho, que não é feito para avaliar os professores, mas para evitar que eles progridam e criar um sucesso fictício e estatístico para europeu ver. Todos reconhecem que não é um modelo perfeito, mas acham que mais vale um modelo imperfeito, subjectivo e injusto do que dialogar com os professores até se criar uma avaliação justa. Defendem que num país em que reina a injustiça não vale a pena avaliar os professores com equidade e justiça.
É um sistema injusto e impraticável, por vários factores:
1.º Os professores titulares e avaliadores foram escolhidos pelos anos de serviço e não pelo mérito nem pela competência (onde está a preocupação com o mérito e com a excelência?);
2.º Os professores que vão avaliar não têm formação na supervisão de aulas;
3.º Teremos professores de Francês a avaliar aulas de professores de Inglês, e de Artes a avaliar docentes de Educação Física ou vice-versa;
4.º Em alguns casos, os professores avaliados têm muito mais formação do que os avaliadores;
5.º Os professores titulares vão avaliar se os outros recorrem às novas tecnologias e alguns dos avaliadores não sabem enviar um mail, ligar um computador ou o que é um powerpoint;
6.º Os titulares vão avaliar o sucesso dos outros, quando, em alguns casos, são eles que têm uma maior percentagem de insucesso;
7.º Os avaliadores vão avaliar professores de níveis de ensino diferentes daqueles que estão habituados a leccionar, sendo o discurso do docente obrigatoriamente distinto;
8.º Os professores perderão autoridade na sala de aula, perante os seus alunos, no dia em que entrar um titular para avaliar o professor;
9.º Só os resultados dos professores de Língua Portuguesa e de Matemática poderão ser confrontados com os dos Exames Nacionais do 3º Ciclo, o que é uma injustiça para os docentes dessas disciplinas;
10.º Os professores só ficarão com as turmas com alunos com mais dificuldades, caso não possam fugir, pois terão famílias para sustentar e empréstimos para pagar;
11.º Um professor que queira ser honesto e exigente será avaliado negativamente e corrido do ensino;
12.º Serão premiados os professores de disciplinas que não estão sujeitas a exames nacionais;
13.º Se um professor tiver o azar de ter um aluno que abandone a escola para emigrar ou que os pais não tenham condições para o manter a estudar, será penalizadíssimo na sua avaliação;
14.º Se um docente tiver o azar de perder um familiar próximo ou a sorte de ter um filho, será gravemente penalizado na sua avaliação, se faltar os dias a que tem direito por lei;
15.º Se acompanhar alunos de algumas turmas numa visita de estudo e deixar outras turmas com substituição, também é considerada falta de assiduidade às actividades lectivas, imagine-se!!!!
16.º Como os avaliadores e os avaliados já leccionam juntos há muito tempo, há colegas de trabalho que não se falam e os titulares podem aproveitar para se vingar e estragar a vida aos avaliados...
17.º Numa primeira fase, os titulares não serão avaliados por ninguém (onde está a excelência?);
18.º Não vale a pena ter "excelente" ou "muito bom", porque já não haverá vagas para titulares, quando nos for permitido tentar subir na carreira;
19.º Os resultados da avaliação dos alunos serão comparados entre disciplinas com competências totalmente diferentes. Por exemplo, ao comparar-se os resultados de Matemática com os de Educação Física, descobre-se facilmente qual o professor que sairá penalizado e terá de ir para o desemprego, se obtiver duas avaliações "Regulares";
20.º Os professores serão avaliados pelo recurso às novas tecnologias e as escolas não têm projectores nem telas nas salas, as tomadas não funcionam, a electricidade desliga-se constantemente, nem há extensões suficientes!
21.º Os docentes serão avaliados pelas fichas formativas que forneçam aos alunos e só podem tirar fotocópias de testes de avaliação sumativa e, quando as escolas forem entregues às câmaras, nem a isso terão direito.
Estas são algumas situações reais, haverá muitas outras que eu desconheço. Só um louco pode achar isto positivo, a não ser que se queira destruir de vez com o ensino público, enviando todos os professores para o desemprego.
O que se conseguiu até agora com o novo modelo de avaliação:
a) Há um constrangimento entre os professores titulares e os "professorzecos";
b) Não há diálogo entre os docentes, havendo um "ruidoso" silêncio sepulcral na sala de professores;
c) Não há partilha de materiais por causa da competição, pois as quotas, que ainda não foram publicadas, serão muito reduzidas;
d) Estão todos desmotivados;
e) Os professores estão a entrar na escola às 8 horas e 30 minutos e a saírem depois das 22 horas, sem que ninguém lhes pague horas extraordinárias, a analisar grelhas, indicadores e instrumentos de avaliação, como se estivessem a cavar a sua própria sepultura;
f) Não há tempo para preparar aulas, desenvolver estratégias diferenciadas, elaborar e corrigir testes.
Se nos aspectos que eu referi, houver algo que não seja correcto, agradeço que me provem o contrário pelo e-mail: salvarescola@gmail.com. É evidente que esta avaliação só terá efeitos em 2009, porque as injustiças e os processos em tribunal serão tantos que alguém acordará e mudará tudo outra vez, mas, até lá, seremos umas cobaias de algo que sabemos que foi feito por alguém que não conhece a realidade das escolas.
Sinceramente, digam-me se os professores conscientes não terão direito há indignação.
Gostava de poder explicar estes aspectos ao Primeiro-Ministro e propor um modelo de avaliação mais simples, justo e eficaz, mas ele não me recebe, porque não gosta de ouvir quem está no terreno e porque não sou militante socialista. Sou um reles "professorzeco", como nos qualificou a Ministra, mas vindo dela só pode ser um elogio, porque eu sei desde muito novo que os Açores fazem parte da República Portuguesa.
Já que a melhor arma é a escrita vou escrever tanto até ser ouvido por quem possa salvar a Educação.
Fonte: salvar a escola
http://www.profblog.org/

uma questão de sorte...

beijinho para começar bem o dia!

A Grande Depressão do século XXI: Colapso da economia real

Michel Chossudovsky
A crise financeira aprofunda-se, com o risco de interromper seriamente o sistema de pagamentos internacional.

Esta crise é muito mais séria do que a Grande Depressão. Todos os sectores importantes da economia global são afectados. Relatórios recentes sugerem que o sistema de Cartas de Crédito bem como a navegação internacional, a qual constitui a linha vital do sistema de comércio internacional, estão potencialmente ameaçados.

O proposto salvamento bancário sob o chamado Troubled Asset Relief Program (TARP) não é uma "solução" para a crise e sim a "causa" de mais um colapso.

O salvamento contribui para um novo processo de desestabilização da arquitectura financeira. Ele transfere grandes quantias de dinheiro público, a expensas dos contribuintes, para as mãos de financeiros privados. Isto leva a uma espiral de dívida pública e a uma centralização do poder bancário sem precedentes. Além disso, o dinheiro do salvamento é utilizado pelos gigantes financeiros para obter aquisições corporativas tanto no sector financeiro como na economia real.

Esta concentração sem precedentes de poder financeiro conduz sectores inteiros da indústria e dos serviços, um por um, à bancarrota, o que leva ao despedimento de milhares de trabalhadores.

As esferas superiores da Wall Street pairam sobre a economia real. A acumulação de grandes quantias de riqueza monetária por um punhado de conglomerados da Wall Street e seu hedge funds associados é reinvestida na aquisição de activos reais.

A riqueza de papel é transformado em propriedade e controle de activos produtivos reais, incluindo indústria, serviços, recursos naturais, infraestrutura, etc.

Colapso da procura do consumidor

A economia real está em crise. O consequente aumento do desemprego causa um declínio dramático nos gastos do consumidor o que por sua vez faz retroceder os níveis de produção de bens e serviços.

Exacerbada pela política macroeconómica neoliberal, esta espiral descendente é cumulativa, conduzindo finalmente a uma super-oferta de mercadorias.

As empresas não podem vender os seus produtos, porque os trabalhadores foram despedidos. Os consumidores, nomeadamente os trabalhadores, foram privados do poder de compra necessário para alimentar o crescimento económico. Com os seus magros rendimentos, eles não podem permitir-se adquirir os bens produzidos.

A superprodução dispara uma cadeia de bancarrotas

Os stocks de bens não vendidos acumulam-se. Finalmente, a produção entra em colapso. A oferta de mercadorias declina devido ao encerramento de instalações produtivas, incluindo fábricas de montagem de manufacturas.

No processo de encerramento da fábrica, muitos trabalhadores tornam-se desempregados. Milhares de firmas em bancarrota são expulsas do cenário económico, o que leva a um afundamento da produção.

A pobreza em massa e um declínio à escala mundial nos padrões de vida é o resultado de baixos salários e desemprego em massa. Isto é o resultado de uma anterior economia global de trabalho barato, em grande parte caracterizada pelos baixos salários das fábricas montadoras nos países do Terceiro Mundo.

A crise actual estende os contornos geográficos da economia do trabalho barato, levando ao empobrecimento de grandes sectores da população nos chamados países em desenvolvimento (incluindo as classes médias).

Nos EUA, Canadá e Europa Ocidental, todo o sector industrial está potencialmente ameaçado.

Estamos a tratar de um processo de reestruturação económica e financeira a longo prazo. Na sua fase primitiva, principiada na década de 1980 durante a era Reagan-Thatcher, empresas de nível local e regional, quintas familiares e pequenos negócios foram deslocados e destruídos. Um após o outro, o boom de fusões e aquisições da década de 1990 levou à consolidação simultânea de grandes entidades corporativos tanto na economia real como na banca e nos serviços financeiros.

Nos desenvolvimentos recentes, entretanto, a concentração de poder da banca foi a expensas dos negócios em grande escala (big business).

O que distingue esta fase particular da crise é a capacidade dos gigantes financeiros (através do seu controle decisivo sobre o crédito) não só para causar destruição na produção de bens e serviços como também para minar e destruir grandes entidades corporativas da economia real.

Bancarrotas estão a verificar-se em todos os principais sectores de actividade: Manufactura, telecoms, cadeias de lojas de bens de consumo, centros comerciais, companhias de aviação, hotéis e turismo, sem mencionar o imobiliário e a indústria da construção, vítimas do colapso das hipotecas subprime.

A General Motors confirmou que "poderia ficar sem cash dentro de uns poucos meses, o que poderia impelir a um dos maiores processos de bancarrota da história dos EUA" ( USNews.com , 11/Novembro/2008). Por sua vez isto afectaria uma série de indústrias relacionadas. Estimativas de perdas de emprego na indústria automobilística dos EUA vão de 30 mil até 100 mil postos. (Ibid)

Colapso do preço das acções da General Motors

Nos EUA, companhias de retalho ao consumidor estão em dificuldade: os preços das acções das cadeias de lojas de departamentos JC Penney e Nordstrom entraram em colapso. A Circuit City Stores Inc. pediu a protecção da concordata (Chapter 11). As acções da Best Buy, a cadeia de electrónica a retalho, mergulharam.

O Vodafone Group PLC, a maior companhia do mundo de telemóveis, para não mencionar InterContinental Hotels PLC, ficaram em dificuldades a seguir ao colapso do valor das suas acções. (AP, 12/Novembro/2998). À escala mundial, mais de duas dúzias de companhias de aviação vieram abaixo em 2008, somando-se a uma cadeia de bancarrotas de companhias de aviação no decorrer dos últimos cinco anos. ( Aviation and Aerospace News , 30/Outubro/2008). A segunda companhia aérea da Dinamarca, a Stirling, declarou bancarrota. Nos EUA, uma lista crescente de companhias imobiliárias já entrou com pedido de bancarrota.

Nos últimos dois meses tem havido numerosos encerramentos de fábricas por toda a América, levando ao despedimento permanente de dezenas de milhares de trabalhadores. Estes encerramentos afectaram várias áreas chave da actividade económica incluindo as indústrias química e farmacêutica, a indústria automóvel e sectores relacionados, a economia de serviços, etc.

As encomendas às fábricas dos EUA declinaram dramaticamente. A firma de inquéritos Autodata relatou em Outubro que as "vendas de carros e camiões leves em Setembro declinaram 27 por cento em comparação com o ano anterior". ( Washington Post, 03/Outubro/2008)

Desemprego

Segundo o US Bureau of Labor Statistics, mais 240 mil empregos foram perdidos só no mês de Outubro:
"O emprego assalariado não agrícola caiu em 230 mil em Outubro, e a taxa de desemprego aumentou de 6,1 para 6,5 por cento, relatou hoje o Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho. A queda de Outubro no emprego assalariado seguiu-se a declínios de 127 mil em Agosto e 284 mil em Setembro, conforme revisão. O emprego caiu em 1,2 milhão nos primeiros 10 meses de 2008; mais da metade da diminuição verificou-se nos últimos três meses. Em Outubro, as perdas de emprego continuaram na manufactura, na construção e em várias firmas que fornecem serviços à indústria...

Entre os desempregados, o número de pessoas que perderam o seu emprego não esperam ser recontratadas aumentou de 615 mil para 4,4 milhões em Outubro. Ao longo dos últimos 12 meses, a dimensão deste grupo aumentou em 1,7 milhão". ( Bureau of Labor Statistics , Novembro, 2008)
Os números oficiais não descrevem a seriedade da crise e o seu impacto devastador sobre o mercado de trabalho, uma vez que muitas das perdas de emprego não são relatadas.

A situação na União Europeia é igualmente perturbante. Um recente relatório britânico destaca o problema potencial do desemprego em massa no Nordeste da Inglaterra. Na Alemanha, um relatório publicado em Outubro sugere que 10-15% de todos os empregos automotivos na Alemanha poderia ser perdidos.

Cortes de empregos também foram anunciados nas fábricas da General Motors e da Nissan-Renault em Espanha. As vendas de carros na Espanha afundaram 40 por cento em Outubro, em relação às vendas no mesmo mês do ano anterior.

Bancarrota e arrestos:
Uma operação de circulação de dinheiro para os gigantes financeiros

Entre as companhias à beira da bancarrota há algumas altamente lucrativas. A pergunta importante: quem assume a propriedade das corporações industriais gigantes em bancarrota?

Bancarrotas e arrestos são uma operações de circulação de dinheiro. Com o colapso dos valores nos mercados de acções, as companhias ali listas experimentam um grande colapso do preço da sua acção, o que imediatamente afecta a sua credibilidade e a sua capacidade para tomar emprestado e/ou renegociar dívidas (as quais estão baseadas no valor cotado dos seus activos).

Os especuladores institucionais, os hedge funds et alii, aproveitam-se deste saqueio inesperado.

Eles disparam o colapso de companhias listas em bolsa através da venda à descoberto (short selling) e outras operações especulativas. Elas podem assim embolsar os seus ganhos especulativos em grande escala.

Segundo um relato no Financial Times, há prova de que o afundamento da indústria automobilística dos EUA foi em parte o resultado de manipulação. "A General Motors e a Ford perderam 31 por cento para US$3,01 e 10,9 por cento para US$1,80 apesar da esperança de que Washington pudesse salvar a indústria à beira do colapso. A queda verificou-se depois de o Deutsche Bank estabelecer um objectivo de preço zero para a GM ". ( FT, 14/Novembro/2008, ênfase acrescentada)

Os financeiros estão num passeio de compras. Os 400 multimilionários Forbes da América estão à espera na expectativa.

Depois de eles terem consolidado a sua posição na indústria bancária, os gigantes financeiros incluindo a JP Morgan Chase, Bank of America e outros utilizarão os seus ganhos inesperados de dinheiro e o dinheiro do salvamento proporcionado pelo TARP para uma extensão ulterior do seu controle sobre a economia real.

O passo seguinte consiste em transformar activos líquidos, nomeadamente riqueza monetária em papel, com a aquisição de activos da economia real.

Nesse aspecto, a Berkshire Hathaway Inc., de Warren Buffett, é um grande accionista da General Motors. Mais recentemente, a seguir ao colapso do valor das acções em Outubro e Novembro, Buffett aumentou a sua participação no produtor de petróleo ConocoPhillips, sem mencionar a Eaton Corp., cujo preço na Bolsa de Valores de Nova York afundou 62% em relação à cotação de Dezembro de 2008 (Bloomberg).

O alvo destas aquisições são as numerosas companhias industriais e de serviços altamente produtivas, as quais estão à beira da bancarrota e/ou cujas acções entraram em colapso.

Os administradores de dinheiro estão a escolher as peças.

Propriedade da economia real

Em resultado destes desenvolvimentos, os quais estão directamente relacionados com o colapso financeiro, toda a estrutura de propriedade dos activos da economia real está em perturbação.

A riqueza de papel acumulada através do comércio de iniciados e da manipulação do mercado de acções é utilizada para adquirir o controle sobre activos económicos reais, deslocando estruturas de propriedade pré existentes.

O que estamos a tratar é de um repugnante relacionamento entre a economia real e o sector financeiro. Os conglomerados financeiros não produzem mercadorias. Eles no essencial fazem dinheiro através da condução de transacções financeiras. Utilizam o dinheiro destas transacções para tomar o comando sobre corporações da economia real que produzem bens e serviços para consumo familiar.

Numa amarga distorção, os novos possuidores da indústria são os especuladores institucionais e os manipuladores financeiros. Eles estão a tornar-se os novos capitães da indústria, a deslocar não só estruturas de propriedade já existentes como também a instalar seus comparsas nas poltronas da administração corporativa.

Não é possível qualquer reforma sob o Consenso Washington-Wall Street

A Cimeira Financeira do G-20 de 15 de Novembro, em Washington, apoia o consenso Washington-Wall Street.

Apesar de formalmente apresentar um projecto para restaurar a estabilidade financeira, na prática a hegemonia da Wall Street permanece incólume. A tendência é para um sistema monetário unipolar dominado pelos Estados Unidos e apoiado pela sua superioridade militar.

Aos arquitectos do desastre financeiro, sob a lei de 1999 Gramm-Leach-Bliley (Financial Services Modernization Act, FSMA), foi confiada a tarefa de mitigar a crise — a qual foi criado por eles próprios. Eles são a causa do colapso financeiro.

A Cimeira Financeira do G-20 não questiona a legitimidade dos hedge funds e dos vários instrumentos de comércio derivativo. O comunicado final inclui um impreciso e opaco compromisso "para melhor regular os hedge funds e criar mais transparência em títulos relacionados com hipotecas como uma proposta para travar o deslizamento económico global".

Uma solução para esta crise só pode ser alcançada através de um processo de "desarmamento financeiro", tal como inicialmente formulado por John Maynard Keynes, o qual forçosamente desafia a hegemonia das instituições financeiras da Wall Street incluindo o seu controle sobre a política monetária. O "desarmamento financeiro" também exigiria o congelamento dos instrumentos de comércio especulativo e o desmantelamento dos hedge funds.

Obama endossa a desregulamentação financeira

Barack Obama abraçou o consenso Washington-Wall Street. Numa amarga meia volta, o antigo congressista Jim Leach, um republicano que patrocinou o FSMA de 1999 na Câmara dos Deputados, está agora a aconselhar Obama acerca da formulação de uma solução atempada para a crise.

Jim Leach, Madeleine Albright e o antigo secretário do Tesouro Larry Summers, que também tiveram um papel chave na promoção da legislação FSMA, compareceram à Cimeira Financeira do G-20, em 15 de Novembro, como parte da equipe de aconselhamento de Barack Obama:
"O presidente eleito Barack Obama e o vice-presidente eleito Joe Biden anunciaram que a antiga secretária de Estado Madeleine Albrith e o antigo congressista republicano Jim Leach estariam disponíveis para encontrarem-se com delegações na cimeira do G-20 em seu nome. Leach e Albright estão a manter reuniões não oficiais à procura de contribuições das delegações visitantes em nome do presidente eleito e do vice-presidente eleito.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

e o sol nasce para todos?

Esta crise exprime os limites históricos do capitalismo

François Chesnais
Os resultados da sondagem são importantes. À vista do que se passou nos últimos dez dias, a percentagem de respostas que traduzem um desafio para com o capitalismo ou a vontade de dele sair talvez fosse ainda mais elevada. Ali sem dúvida entraram vários elementos: uma grande indignação quanto à facilidade com a qual os governo encontram somas imensas para ajudar os bancos, uma grande preocupação para os próximos meses quanto aos despedimentos que prosseguem e o recomeço de uma reflexão sobre a natureza do capitalismo e a necessidade de não aceitar que este sistema seja "o horizonte inultrapassável da humanidade".

Como responder a isto? Há que começar por esta última dimensão. Toda crise muito grande, e entrámos numa crise desta ordem, exprime "os limites históricos do capitalismo". É aí que os assalariados, cuja maioria não leu Marx, tomam consciência. Os limites estão contidos nas relações sociais de produção fundadas na propriedade privada dos meios de produção e na valorização do capital-dinheiro. Devido a estas relações, o movimento de valorização do capital e da sua reprodução infindável são o motor e a finalidade da produção. No sistema capitalista, recorda Marx, "a produção é uma produção para o capital" e não para a maioria da sociedade, pois "a conservação e a valorização do capital-valor repousam sobre a expropriação e o empobrecimento dos produtores".

A superprodução de mercadorias, enquanto milhões de pessoas estão na pobreza mesmo nos países mais ricos, é uma decorrência deste facto, que ainda se agravou no quadro da liberalização e da mundialização do capital efectuadas desde há quarenta anos. A queda do investimento, bem como a baixa da taxa, mas também da massa dos lucros apesar da super-exploração dos assalariados, vão a par com a insuficiência de poder de compra popular. Foi daí que vieram as crises que marcaram a história do capitalismo. Aquela que começou em Agosto de 2007 e que, desde meados de Setembro, experimenta uma fase de agravamento agudo, será tanto mais forte porque explode depois de capacidades de produção imensas, inconsideradas, terem sido criadas na Ásia (a Coreia já não pode mais fazer funcionar plenamente as suas) e depois de os Estados Unidos tem recorrido à criação, numa escala que se demonstra demencial, de meios de crédito para estender artificialmente a procura, por meio dos cartões de crédito e da extensão do crédito hipotecário que o capital teria desejado, tal como as guerras de G.W. Bush, "sem limites".

A tomada de consciência da gravidade das questões ecológicas é também uma das causas desta renovação da reflexão crítica sobre a natureza do capitalismo. Lançado num processo de valorização sem fim, de produção pela produção, o capital é devorador de recursos não ou muito lentamente renováveis, destruidor do ambiente, e, tomado como um todo, perfeitamente incapaz de por em acção as medidas necessárias à amenização do reaquecimento climático [1] . Os assalariados e os jovens sentem que vivem uma crise sistémica, na qual a crise financeira é simplesmente o primeiro episódio e certamente não o aspecto mais importante.

Como se poderia responder a isso? Actuando de modo, para seguir Marx mais uma vez, a que os meios de produção se tornem "meios para dar forma ao processo da vida em benefício da sociedade dos produtores". Isto implica uma mudança na propriedade dos meios de produção, mas sobretudo algo de bem mais importante, a saber: que os assalariados se tornem, de modo organizado e com plena consciência, "produtores associados". Ele já estão devido à divisão do trabalho entre indústrias e no interior mesmo de cada local de produção, mas eles não estão para si mesmos, eles estão para o capital, que toma incessantemente decisões que os afectam (ver os despedimentos de Sandouville). Tornando-se "produtores associados" no sentido pleno da expressão, os trabalhadores poderiam estabelecer, como diz Marx, "racionalidade e controlar seus intercâmbios de matérias com a natureza"; poderiam organizar a economia e toda a vida social "nas condições mais dignas e mais conformes à natureza humana".

NACIONALIZAÇÃO INTEGRAL DO SISTEMA BANCÁRIO

O desafio da crise, que não está senão no seu princípio, é o domínio sobre os meios que servem para produzir as riquezas, portanto sobre as decisões respeitantes ao que deve ser produzido, para quem e como. Existem reivindicações e formas de acção susceptíveis de abrir o caminho para uma saída social positiva. Os governos vêm em socorro dos bancos pondo à sua disposição fundos empenhados sobre os impostos futuros. Num número crescente de casos, eles são obrigados a recapitalizá-los adquirindo uma parte do seu capital. O termo "nacionalização" foi utilizado. Ele é totalmente abusivo. Os governos correm em socorro do capital financeiro num jogo em que a socialização das perdas segue-se a uma fase sem precedentes de privatização dos lucros. A primeira reivindicação colectiva imediata é a da nacionalização integral do sistema bancário. O controle do financiamento do investimento permitiria aos assalariados da Europa dar uma resposta simultânea ao emprego e às necessidades sociais, por programas pan-europeus de desenvolvimento dos serviços públicos, das energias renováveis, dos novos materiais de construção. O assalariados podem lutar por estes objectivos em França e encorajar os dos outros países da Europa a fazerem o mesmo.

Para além dos discursos políticos calmantes, todos os comissários europeus, todos os grandes banqueiros, têm sido perfeitamente claros. Trata-se de permitir ao sistema que continuem tal qual ele é. O núcleo duro do neoliberalismo (a livre circulação dos capitais, a colocação dos trabalhadores em concorrência generalizada mediante a deslocalização da produção e a sub-contratação, a privatização e a mercantilização dos serviços colectivos) não deve ser atingido. É este o sentido da mensagem do patrão da Renault. Uma outra reivindicação conjunta é portanto a da proibição dos despedimentos e a travagem completa de todas as medidas em curso para o desmantelamento da saúde, destruição dos Correios efectuada dia após dia antes da privatização propriamente dita, etc, etc. Aqui as reivindicações podem ser apoiadas por acções de auto-defesa dos assalariados e dos cidadãos, tanto nos locais de trabalho como nas localidades, nos hospitais, transportes, escolas e colégios. Por trás dos belos discursos dos responsáveis políticos está o objectivo de fazer com que os assalariados suportem o peso da crise, tanto pelo desemprego como pelos impostos. Não há senão a luta dos trabalhadores para que seja possível dar um basta e começa a concretizar a ideia de que "o capitalismo não ganhou", que ele pode combatido enquanto tal.
NT:
[1] Um falso problema.   O autor foi influenciado pela propaganda aquecimentista do IPCC e pela desinformação jornalística.   Não há aquecimento global e, mais provavelmente, o mundo está a entrar numa fase de arrefecimento global.   Ver artigo do grande climatologista Marcel Leroux .   Ver também o blog Mitos climáticos .

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/