domingo, maio 31, 2009

Dias Loureiro revela que dinheiro investido em Porto Rico se destinava a ajudar órfãos carenciados

Desmascarado por declarações recentes de Oliveira e Costa, antigo presidente do BPN e fundador da SLN (Sociedade Lusa de Negócios), que o acusaram de faltar à verdade nas declarações feitas aos deputados, Dias Loureiro viu-se forçado a admitir a mentira, mas alegou motivos nobres. Assim, de acordo com o ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva, é verdade que esteve estreitamente envolvido num negócio em Porto Rico que daria prejuízo de 38 milhões de euros, mas é falso que se tratasse de um investimento empresarial. O que realmente se passou foi que Dias Loureiro encabeçou uma acção de solidariedade naquele território das Caraíbas destinada a melhorar as condições miseráveis em que viviam os residentes de um orfanato de Guayama, na costa sul da ilha. Trata-se de um grupo de quinze órfãos, que habitavam um pequeno casebre arruinado, à guarda de uma freira octogenária cega e paralítica. Graças à intervenção da SLN, as crianças passaram a ter condições de vida condignas e poderão concretizar os seus sonhos, tornando-se membros saudáveis e produtivos da sociedade. Questionado sobre os motivos que o terão levado a esconder uma acção tão nobre, Dias Loureiro é peremptório: “Tinha uma reputação de homem duro a defender”, refere. “Afinal, fui eu que ordenei a violenta carga policial sobre os manifestantes na Ponte Sobre o Tejo em 1994. Não queria que me vissem como um frouxo que se preocupa com o bem-estar de crianças pobres.” Quanto à motivação de Oliveira e Costa para lançar suspeitas de desonestidade sobre a sua pessoa, o antigo ministro não arrisca teorias. “Não sei explicar o que terá pretendido o dr. Oliveira e Costa com essas afirmações e não quero fazer comentários negativos como represália. É verdade que me confessou um dia que achava divertido ver crianças passar fome e atacadas por ratazanas, mas não me cabe avaliar os seus gostos pessoais.” Mesmo com esta explicação, há especialistas financeiros que consideram que 38 milhões de euros será uma quantia demasiado elevada para aplicar numa acção de solidariedade, mas Dias Loureiro acusa-os de desconhecimento da situação no terreno, explicando que, em Porto Rico, “um quilo de arroz está pela hora da morte”. Alheio às críticas, promete continuar a dedicar-se à sua vocação solidária e anunciou que passará a próxima semana em Fátima, como faz uma vez por ano, lavando os pés aos peregrinos, sem olhar a custos, usando água Evian, sabonete artesanal fabricado por monges beneditinos e escova de platina.
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