sábado, fevereiro 28, 2015

Portugal para todos os gostos

Isto de só ter de ser patriota perante uma audiência de chineses tem muito que se lhe diga. Internamente, podemos passar os dias a levar com todo o lixo produzido pela política de terra queimada que se faz entre os partidos, entre todos os partidos. Mas quando chega alguém de fora, temos de fazer boa figura.
Para o exterior, um discurso construtivo. Entre nós, um drama de faca e alguidar.
Pois bem, é evidente que o investimento estrangeiro é muito importante. É importantíssimo e sim, tem de ser uma aposta do poder político. Mas os portugueses também acabam por ser investidores e se fossem tratados como são tratados os outros, talvez tivessem também mais vontade de investir. Não necessariamente milhões em imóveis, mas talvez em novos negócios ou na sua expansão, a contratar pessoas ou simplesmente no seu trabalho.
Sim, talvez o discurso que é feito para fora devesse ser experimentado para dentro, sem prejudicar o confronto de ideias, o debate de estratégias e a luta por alternativas, mas com um nível que permita convencer não só os forasteiros, mas também os aldeões.
Não funciona, isto de andar a vender o país como se fosse um Corsa, ainda por cima quando para uns está em muito bom estado mas para outros está completamente gripado.